Pode a educação plurilingue constituir-se como educação anti-racista?
Main Article Content
Abstract
Neste artigo, propomos um enquadramento comparativo entre diferentes experiências de educação bilingue/plurilingue que tiveram lugar em Portugal nos últimos 40 anos. A análise procura discutir a cultura de educação monolingue e monocultural vigente nas escolas de ensino público, por contraste às intervenções cujas abordagens implicaram metodologias de alfabetização com uso do cabo-verdiano, com resultados no empoderamento dos alunos e famílias envolvidas, numa maior abertura e consciência comunicativa e nas atividades de escrita e leitura. Discutimos, posteriormente, em torno de representações sobre língua de escolarização associada a noções de objetividade, adequabilidade, naturalização, desvio e défice, ligadas a processos históricos de estigmatização linguística e cida-dã. Concluímos com uma reflexão crítica sobre a utilização da educação bilingue e das línguas menorizadas, discutindo a sua valência numa abordagem educativa anti-racista e por oposição a uma educação monolingue e monocultural.
Article Details
How to Cite
Matias, R., & Martins, P. (2019). Pode a educação plurilingue constituir-se como educação anti-racista?. Medi@ções, 7(2), 151–166. https://doi.org/10.60546/mo.v7i2.244
Section
Dossier
Medi@ções online journal requests agreement with the Copyright Declaration.
All the contents are licensed in accordance with Creative Commons Attribution 4.0