A Gestão das Escolas Através do Coordenador
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Resumo
Com este artigo pretende-se discutir a emergência do coordenador de departamento, um gestor intermédio que ocupa um papel central na escola atual. A uma cultura de escola de mérito deve corresponder mais responsabilização e valorização dos atores educativos, contribuindo para a melhoria da escola e dos resultados escolares. A crescente autonomia conferida às escolas requer uma gestão isomórfica no discurso e na prática, onde emergem lideranças fortes, eficazes e eficientes para responder aos desafios da sociedade de hoje.
Para perceber o papel e as competências do gestor escolar intermédio na orientação de um departamento curricular num Agrupamento de Escolas realiza-se esta investigação de forma a saber “como é que as competências do gestor escolar intermédio são validadas no seio da equipa?”. É um estudo de caso, descritivo e exploratório e opta-se por uma metodologia mista, de cariz qualitativo e quantitativo e nele participam doze professores e três coordenadoras de departamento. Os dados são recolhidos através da administração de um questionário aos professores, de entrevistas semiestruturadas às coordenadoras e de documentos oficiais. Os dados qualitativos são submetidos à análise de conteúdo e os dados quantitativos são tratados estatisticamente recorrendo-se ao Excel.
O departamento é organizado, funcional e com uma constituição adequada e tem canais de comunicação. O coordenador exerce as funções à luz da lei, num quadro de valorização e colaboração mútuas, deliberando-se em conjunto. É um líder democrático, mas subsistem focos de índole burocrática e nos grupos disciplinares emerge a liderança pedagógica. Gere o cargo com autoridade, de forma democrática e participativa e emergiu o gestor de caso de alunos. A supervisão apoia-se no acompanhamento da atividade dos docentes, através do delegado de grupo. O currículo, as aprendizagens e a melhoria da escola permitem edificar a avaliação do desempenho docente sustentada na apreciação do relatório de autoavaliação do docente. Os constrangimentos são a supervisão, a avaliação de desempenho, a burocracia bem como a resistência dos docentes à mudança. Perspetivam-se funções ao nível da liderança, supervisão pedagógica, educação inclusiva e na gestão democrática, pedagógica, colaborativa e mediadora.
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