Arte e cultura: aprendizagens infomais na Afro-Lisboa

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Otávio Raposo
http://orcid.org/0000-0001-8000-6901

Resumo

A forma como as práticas artísticas estimulam aprendizagens informais entre os jovens da periferia de Lisboa é a principal preocupação deste artigo. A partir de três bairros “racializados” – Arrentela, Cova da Moura e Quinta do Mocho –, enquadramos algumas das mais inovadoras produções artístico-culturais para debater a escola, o racismo, as desigualdades e os engajamentos político-cidadão. Numa Afro-Lisboa que tarda em assumir a agência das populações afrodescendentes, arte e cultura se tornam instrumentos privilegiados para reconfigurar o papel da “raça” nas questões relacionadas à cidadania, marginalidade e educação no Portugal pós-colonial.

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Como Citar
Raposo, O. (2019). Arte e cultura: aprendizagens infomais na Afro-Lisboa. Medi@ções, 7(2), 37–53. https://doi.org/10.60546/mo.v7i2.229
Secção
Dossier
Biografia Autor

Otávio Raposo, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) e Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL)

Otávio Raposo doutorou-se em Antropologia no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), com uma pesquisa etnográfica sobre os dançarinos de break dance das favelas da Maré (Rio de Janeiro). Concluiu o mestrado em Antropologia Urbana através do Programa Internacional de doutoramento ISCTE/URV-Tarragona e a licenciatura em Sociologia na Universidade Nova de Lisboa. É investigador integrado do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL) e professor auxiliar convidado no ISCTE-IUL, onde leciona as disciplinas de Infância e Juventude: perspetivas transdisciplinares e Pesquisa de Terreno. Desenvolve pesquisas em Antropologia Urbana e Etnografia sobre temas relacionados com a juventude, arte, políticas públicas, segregação, racismo e migrações em Portugal e no Brasil que resultaram em publicações nacionais e internacionais. Está atualmente a pesquisar as práticas artísticas e os engajamentos políticos dos jovens das periferias de Lisboa, bem como as políticas públicas a eles dirigidas. Realizou diversos documentários, entre os quais “Na Quinta com Kally” (2019) e “Nu Bai. O rap negro de Lisboa” (2007).